Novo episódio do Podcast Papo Filosófico

sábado, 28 de maio de 2011

A importância da leitura e da escrita na educação básica

Por: Luciane da Silva de Oliveira
Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Graduação em LETRAS da Universidade Luterana Brasileira –ULBRA /POLO BELEM /PA
“Pesquisar é questionar, é relacionar teoria e pratica num movimento de busca da competência e da inovação”.
Maria Fani Sheibel
sumario
Introdução................................................................5
1 Hipótese ...............................................................6
3. Objetivos .................................................................7
3.1. Objetivos gerais...................................................7
3.2. Objetivos específicos.............................................7
4.1. Justificativa ............................................................8
5.1. Metodologias .........................................................9
6. Recursos...............................................................10
6.1. Recursos financeiros...........................................10
6.2. Recursos institucionais.......................................10
7.1. Referências Bibliográficas..................................11
7.2. Referências bibliográficas...................................11
introdução
1.1. A importância da leitura e escrita na educação de forma lúdica e investigante é o assunto de nossa pesquisa, visando as dificuldades dos educadores em despertar o interesse pela leitura é que propomos formas de melhoria na educação utilizando os mais variados recursos e aplicando metodologias inovadoras como Mídia de Chocolate produzido por Inês Silvia Sampaio, Andréia Pinheiro Cavalcante e Alessandra Alcântara , entre outros.

hipotese
2.1. Partindo da realidade sócio cultural dos educandos em relação ao processo ensino e aprendizagem, verificamos que é necessário repensarmos na educação do futuro como formação do conhecimento e não apenas como informação. Partindo dessa realidade, consideramos imprescindível elaborar este projeto, com a intenção de formarmos sujeitos do conhecimento despertando nos alunos o prazer pela leitura.
objetivos
objetivo geral
_Formar sujeitos incansáveis do conhecimento num processo de formação das futuras gerações.
objetivos específicos
_ Despertar o prazer pela leitura através de diversas fontes bibliográficas.
_ Contribuir para a reflexão crítica no processo de socialização, através da interação família e escola.
_ Potencializar o processo de leitura com relação a educação e multimídias.
_ Transformar a simples informação em interesse pelo conhecimento, formando cidadãos preparados para a ciência tecnológica.

justificativa
4.1. À medida que a humanidade evolui, os desafios tornam-se cada vez mais difíceis, e como não poderia deixar de ser, essa evolução depende muito do desenvolvimento da educação, portanto devemos buscar cada vez mais ferramentas capazes de nos colocar na vanguarda das soluções, é por esse motivo que propomos as mais variadas formas de explorações textuais na relação ensino e aprendizagem como instrumento de apoio a tecnologia do futuro.

metodologia
Este projeto poderá ser realizado em qualquer área do conhecimento de forma sistematizada e contínua, ao longo do ano letivo, pois entendemos que desenvolver o gosto pela leitura, é um processo lento e deve ser trabalhado interativamente com as demais disciplinas curriculares como também a colaboração familiar e da direção da escola, centrado em um apoio cultural e político vinculado com diversos ambientes interativos e científicos, como os de universidades e prefeitura local para que possa ampliar as formas e recursos econômicos contribuindo assim, para a transformação da informação em grandes descobertas e conhecimentos e estimulando infinitamente seres pensantes.

6.recursos
6.1- Financeiros: Todos os recursos utilizados para elaboração do projeto foram de natureza pessoal.
6.2. Institucionais: Pesquisas através da internet _ Bibliotecas virtuais.

7.bibliografia
7.1. Livros de acesso a bibliotecas virtuais:
ARAÚJO, João Batista, OLIVEIRA.Tecnologia Educacional:teorias da educação.
GARCIA,Walter E.,Educadores Brasileiros do século XX.2005
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES.Comunicação e educação.USP-2000
SANTOS, Edmeia, ALVES,Elynn,Praticas pedagogicas e tecnologias digitais.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO, Educação em questão. 1987
THUMS, Jorge,Acesso a realidade 3° edição –– editora ULBRA
SCHEIBEL, Maria Fan, VAISZ, Mariice Langaro. Artigo científico -Percorrendo caminhos para sua elaboração
SAMPAIO,Ines Silva, CAVALCANTE, Andreia,ALCANTARA Alessandra, Midia de chocolate – Estudos sobre a relação infância,adolescência e comunicação .
7.2. Acesso sites internet:
http://www.monografia.net/abnt/index.htm#INTRODUÇÃO
http://www.focca.com.br/cac/textocac/Estudo_Caso.htm

sábado, 21 de maio de 2011

Clareza e concisão



Por Pedro J. Bondaczuk

As pessoas têm cada vez mais dificuldades de escrever com correção e clareza. Ora não cometem deslizes de grafia, sintaxe ou concordância, mas não são claras no que pretendem transmitir. Ora possuem clareza, mas cometem verdadeiras atrocidades vocabulares. Em geral, fazem as duas coisas ao mesmo tempo. E não me refiro apenas aos semi-alfabetizados (já que, obviamente, os analfabetos não escrevem), que mal aprenderam a desenhar seus nomes e a "garatujar" uma ou outra palavra, trocando o "s" pelo "z", suprimindo o "h" onde ele deveria constar e cometendo outras barbaridades do gênero.

O mau texto reflete, sobretudo, falta de leitura. Ninguém está exigindo que todo o mundo seja um Machado de Assis ou um Monteiro Lobato, peritos na arte de escrever e de prender a atenção dos leitores de diversos graus de cultura. O talento desses mestres (para citar somente os dois considerados consensualmente como os melhores), era inato. O que se espera da média das pessoas, da maioria dos "mortais comuns", é que sejam capazes de redigir pelo menos uma carta padrão, ou um memorando, ou um simples bilhete de recado para a mulher ou para a empregada, sem cometer atrocidades gramaticais.

É um equívoco achar que textos floreados sejam desejáveis ou mesmo aceitáveis. Nossos melhores escritores – como os citados acima – faziam da simplicidade, do despojamento vocabular e da precisão os seus segredos. Eram, sobretudo, autênticos, espontâneos, absolutamente naturais. Machado de Assis, por exemplo, nunca se deixou levar pelos modismos do seu tempo. A linguagem que reproduziu em seus romances (escritos no século retrasado, frise-se) é, sem tirar e nem pôr, a mesma que as pessoas de cultura mediana atuais se utilizam para se comunicar. E pensar que Machadão jamais freqüentou uma escola!

Monteiro Lobato, por seu turno, ao escrever para crianças, não agiu como se estas fossem "debilóides", idiotas que mal conseguem tartamudear no diminutivo, como a maioria dos escritores especializados nesse tipo de literatura age. Tratou-as com a dignidade e o respeito que elas merecem. Usou a verdadeira linguagem delas: simples, é verdade, com reduzido vocabulário, mas clara e por isso autêntica.

Lobato coloca na boca de Dona Benta a seguinte observação sobre literatura (citada por Alaor Barbosa em seu livro "O Ficcionista Monteiro Lobato"): "Meus filhos, há duas espécies de literatura, uma entre aspas e outra sem aspas. Eu gosto desta e detesto aquela. A literatura sem aspas é a dos grandes livros; e a com aspas é a dos livros que não valem nada. Se eu digo: 'estava uma linda manhã de céu azul', estou fazendo literatura sem aspas, da boa. Mas se eu digo: 'estava uma gloriosa manhã de céu americanamente azul', eu faço 'literatura' da aspada que merece pau".

Geralmente as pessoas que não sabem escrever, que não têm as idéias muito ordenadas ou segurança no que expressam, é que se valem desse tipo empolado (e imbecil) de texto. Em uma carta que escreveu ao amigo Godofredo Rangel, em janeiro de 1904, quando tinha 22 anos de idade, Monteiro Lobato definiu a sua opção pelo significado real das palavras e sobretudo pela clareza. Afirmou: "Na propriedade da expressão está a maior beleza; dizer 'chuva' quando chove – 'sol' quando soleja. É a porca que entra exata na rosca do parafuso".

O escritor voltaria a ressaltar a mesma coisa, por intermédio da personagem "Sintaxe", no livro "Emília no país da gramática": "O que quero saber nesta cidade é de clareza e mais clareza, porque a clareza é o sol da língua". Bela e original expressão. E, no entanto, verdadeira. Sobre a exatidão, o procedimento inteligente é o uso apropriado das palavras, colocadas no lugar certo, e na hora certa. Lobato enumerou-a como a regra básica número dois. Para não cometer deslizes de impropriedade, leu, releu, pesquisou e analisou todo o dicionário de Caldas Aulete.

Em agosto de 1909, escreveu o seguinte ao amigo Godofredo Rangel: "O que mais aprecio num estilo é a propriedade exata de cada palavra e para isso temos que travar conhecimento pessoal, direto, com todos os vocábulos, em demorada, pensada e meditada vocabulação dicionarística. Só pelo conhecimento exato do valor de cada um é que alcançamos aquela qualidade de estilo". Está aí um bom roteiro para quem queira escrever bem e não passar vergonha. Ser absolutamente claro no que pensa e deseja transmitir e usar as palavras certas nos lugares adequados. E, sobretudo, ler, ler e ler, concentrada e incansavelmente, bons escritores. Ou seja, os de textos diretos, claros e, sobretudo, simples.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ciclo de Palestras do ISEP

Palestra: Ethos, estilo e autoria na literatura mediúnica: uma abordagem discursiva.

Ciclo de Palestras ISEP

Palestra: Ethos, estilo e autoria na literatura mediúnica: uma abordagem discursiva.
ETHOS, ESTILO E AUTORIA NOS SONETOS MEDIÚNICOS DE FLORBELA ESPANCA


José Antonio Ferreira da Silva
Instituto Superior de Educação de Pesqueira (ISEP)
j.antonio.ferreira@hotmail.com


RESUMO: Através da abordagem discursiva do fenômeno literário e das concepções sobre ethos e cena de enunciação de Dominique Maingueneau, pretendemos estudar a construção do ethos como marca de estilo e de configuração autoral dos sonetos mediúnicos de Florbela Espanca, comparando-os com sonetos escritos em vida pela autora, nos quais procuramos verificar a existência ou não de correspondência estilística entre os mesmos. Para tanto, utilizamo-nos também da abordagem sobre o estilo nos textos de Norma Discini, concordando com a autora ao entendermos que, se o estilo é ethos, isto é, um conjunto de traços psicológicos construído como simulacro (modelo) nos textos; e se a voz do sujeito é vista como constitutivamente responsiva ao outro, podemos prosseguir nas investigações e constatar que um estilo pode imitar outro, ou assemelha-se a tal ponto, que constitua uma real correspondência de estilos. Objetiva-se, portanto, estabelecer uma discussão acerca das marcas de estilo deixadas através da constituição do ethos nos textos mediúnicos, e como isso poderia contribuir no estudo da autoria dos mesmos. Este trabalho mostra-se relevante pelo fato da literatura mediúnica se constituir hoje um verdadeiro fenômeno editorial, não podendo, portanto, ser ignorada pela Academia, que deve analisar as questões referentes ao estilo, à autoria e, principalmente, a qualidade da mesma, visto que a maioria dessas obras é atribuída a nomes consagrados da literatura. Por este estudo chegamos à conclusão de que a Análise do Discurso é uma ferramenta fundamental de abordagem, tendo em vista as características de produção desse tipo de texto.

Palavras-chaves: Ethos. Autoria. Poesia mediúnica.