Novo episódio do Podcast Papo Filosófico

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Dicas para uma boa redação

Escrever nem sempre é tarefa fácil, mas existem dicas para uma boa redação que vão transformar você em um escritor atento e competente.


Se existe uma coisa que sempre deixa os estudantes apreensivos é o momento de escrever uma redação. Bicho-papão de concursos e vestibulares, a redação definitivamente não é uma unanimidade, pois é no momento da escrita que mostramos nossas competências linguísticas e, infelizmente, nem sempre estamos tão preparados quanto gostaríamos, não é verdade?
Quando escrevemos, documentamos, inconscientemente, nossas dúvidas e carências de aprendizado. Acertos e erros ficam ali registrados e nítidos para quem vai avaliar nosso texto. Um pequeno erro pode contar muitos pontos na hora da correção e ninguém quer ser mal avaliado por causa disso, certo? Pois bem, para deixar você afiado na escrita, elaboramos dez dicas para uma boa redação, dicas simples, porém, muito importantes, que vão deixar você à vontade na hora de elencar no papel suas ideias e argumentos. Mas atenção: são apenas dicas de redação, quem quer aprender mais sempre deve correr atrás. Bons estudos!
  • 1. Ninguém se torna um bom escritor em um passe de mágica. As fórmulas só existem nas ciências exatas e, ainda assim, quando mal aplicadas, são passíveis de erro. Portanto, se você quer se tornar um escritor eficiente, comece sua jornada em busca da competência linguística com o simples hábito de ler. No começo pode ser difícil, mas como todo hábito, aos poucos você vai se acostumar e até tomar gosto pela leitura. Entenda que um bom escritor é, obrigatoriamente, um bom leitor. Corra já para uma biblioteca e recupere o tempo perdido.
  • 2. Escreva bastante para treinar e aprimorar as técnicas de redação, mas não se esqueça de que seus textos precisam de um leitor que possa encontrar possíveis erros e mostrar a você maneiras eficientes de solucioná-los. A correção certamente vai te ajudar a sanar dúvidas e evitar que erros se repitam. Peça ajuda para um professor ou alguém com conhecimento específico na área.
  • 3. Em concursos e vestibulares, é comum que o número de linhas do texto seja estipulado, geralmente, pede-se que o candidato elabore uma redação com até 30 linhas. Lembre-se de que toda linha extra será desconsiderada no momento da correção, portanto, respeite o número mínimo e o número máximo de linhas.
  • 4. Para que uma redação possa ser desenvolvida de maneira satisfatória, ela precisa ter, no mínimo, quatro parágrafos, divididos em introdução, desenvolvimento e conclusão.
  • 5. Seja objetivo. Vá direto ao ponto, nada de introduções longas e mirabolantes. Alguns se perdem na “vaguidão inespecífica” e acabam recheando o texto com informações desnecessárias e chavões sem utilidade prática. Há quem acredite que o uso de uma linguagem rebuscada, permeada por arcaísmos e expressões eruditas, pode impressionar os leitores, mas, definitivamente, enfeitar a escrita não vai fazer com que você se pareça mais inteligente aos olhos dos corretores. Objetividade é a palavra de ordem.
  • 6. Releia o texto escrito. Reserve um tempo para fazer esse exercício, pois quando relemos nossa redação, a chance de encontramos possíveis erros são bem maiores. Fique atento à coerência e à coesão, cuidado também com as temidas falhas gramaticais.
  • 7. Atenção quanto à forma da redação. Capriche na letra e, se ficar em dúvida sobre a legibilidade de sua “caligrafia”, aposte nas letras de forma. Respeite o recuo dos parágrafos, geralmente são dois centímetros a partir da margem (você deve ter aprendido isso lá na alfabetização, por que deixar de usar o que aprendeu?), use o hífen quando fizer uma separação silábica e nunca, nunca pule linhas entre um parágrafo e outro, certo?
  • 8. Nem todo vestibular ou concurso pede que sua redação tenha um título. Caso ele seja expressamente solicitado, não se esqueça de que deve ser constituído por uma frase nominal, ou seja, nada de verbos. Prefira títulos curtos e não pontue ao seu final.
  • 9. Evite períodos longos, pois esse tipo de construção pode provocar equívocos no momento da pontuação. Isso não quer dizer que você deve fazer de sua redação um telegrama, nada disso: tente encontrar o equilíbrio, mas prefira frases curtas, elas são mais facilmente compreendidas.
  • 10. Que tal começar a sua prova pela redação? Muitos candidatos, seja por medo ou por seguirem a sequência da prova, acabam deixando a redação para o final, quando já estão cansados. Lembre-se de que a redação vale muito na composição final da nota, então uma boa dica é começar mostrando suas habilidades linguísticas. Se você gosta de fazer o bom e velho rascunho, fique atento na hora de passar a limpo, já que algumas palavras do texto podem ser omitidas nesse momento. Lembre-se: todo cuidado é pouco!
    PorLuana Castro Alves Perez
    Fonte: http://www.portugues.com.br/redacao/dez-dicas-para-uma-boa-redacao.html

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Educação Ambiental - um tema transversal



A educação, como a saúde e outras áreas fundamentais ao desenvolvimento social, não pode ser partidária. Portanto, é necessário que se avaliem as ações dos governos anteriores, de modo a continuá-las ou não.
Apesar das acusações de nível elevado de dificuldade, todos nós da área de Educação conhecemos o esforço do Governo Federal para construir os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Básico e distribuí-los por todo o país.
A análise em detalhe mostrou a qualidade das orientações contidas nos PCN. Mas muitas regiões do país não receberam o "pacote" completo. O Governo Federal não queria que os documentos simplesmente chegassem às escolas. Procurou fazer convênios com as secretarias estaduais de Educação e diretamente com as secretarias municipais, a fim de que houvesse capacitação dos professores para a prática do que estava contido nos PCN, o que recebeu o nome de PCN em Ação.
Muitos estados e municípios assinaram de imediato os convênios e realizaram as capacitações de seus professores, que dessa maneira discutiram as possibilidades de usar os PCN com bons resultados. Somente após um ano dessa capacitação o MEC lançou os PCN em Ação do Meio Ambiente, um rico material que serviria de subsídio a todos os professores, voltado para o entendimento do meio ambiente como tema transversal. Havia, no entanto, uma condição para o recebimento desse material: somente o receberiam as unidades escolares – quer estaduais, quer municipais – que tivessem realizado a capacitação anterior, a dos PCN em Ação.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, à época, não considerou oportuno o convênio com o MEC para capacitar seus professores, deixando de incrementar os PCN em Ação.Consequentemente, pela cláusula do MEC, não ficou apto a receber o material sobre meio ambiente.
Nestes seis últimos anos, a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro tem, de diversas maneiras, capacitado professores na temática do meio ambiente: através da Agenda 21 escolar, de projetos de horto, horta, limpeza da escola, de rios, de praças, reciclagem de papel, coleta seletiva de lixo para reciclagem, concursos de cartazes, conferências, peças de teatro etc. Sem dúvida, ações de grande importância para a formação do professor e, consequentemente, do aluno.
Mas a análise mais detalhada mostra que sua realização tem ocorrido fora da sala de aula, não sendo prática do dia-a-dia, junto com as disciplinas, como tema transversal. Há muito, cobramos do professorado a realização dos trabalhos de educação ambiental dentro da sala de aula, em conjunto com as disciplinas. Cobrança em vão, pois, para podermos colher resultados positivos, é preciso desenvolver com os professores ocomo fazer.
Como sempre, perdem o aluno e a escola...
Gostaríamos, pois, de deixar uma sugestão para os mandatários das políticas educacionais de educação de nosso estado: há que se investir pesado em capacitação do magistério, além, é óbvio, da melhoria salarial. Só assim nos afastaremos da péssima classificação do Estado do Rio de Janeiro em educação, resultado do acúmulo de equívocos, distorções e falta de avaliação de muitos governos.
Rondon Mamede Fatá
Fonte: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/meioambiente/0016.html

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

5 curiosidades sobre Machado de Assis

Curiosidades que ele (e somente ele) deixou para a história da literatura brasileira:

1.Infância

Machado de Assis teve uma infância pobre e chegou a vender balas e doces para poder ganhar dinheiro. Nascido no Morro do Livramento, ele era filho de um pintor negro e de uma lavadeira de origem portuguesa. Ainda criança, foi apadrinhado por Dona Maria José de Mendonça, esposa do senador Bento Barroso Pereira, o que lhe rendeu um constante convívio com as classes mais abastadas. Alguns críticos consideram que esse contato com as elites fizeram com que Machado renunciasse suas origens e evitasse tocar nesse assunto em seus livros. De fato, é possível constatar em suas obras o retrato fiel da vida da nobreza na corte carioca, mas raramente a realidade da população pobre é comentada.

2.Transição literária
Apesar de ser um autor ícone do Realismo brasileiro, Machado começou a sua carreira literária escrevendo com traços do Romantismo. "Ela", seu primeiro poema publicado em 1885 já possui essas características, que viriam a se acentuar com os poemas de "Crisálidas" (1864) e com os romances "Ressureição" (1872), "Helena" (1876) e "Iaiá Garcia" (1878). O abandono do Romantismo e a adoção do estilo frio e irônico que tanto caracterizam as obras de Machado só viriam mais para frente, com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881). Para alguns críticos, nesta fase há uma clara influência dos escritores franceses Gustave Flaubert e Honoré de Balzac, principalmente com traços como o humor, o pessimismo e o diálogo constante com o leitor.

 3. Gêneros literários
Até o século 19, o romance era o formato literário de maior repercussão no cenário internacional e também no Brasil. Machado rompeu com essa hegemonia, sendo um dos primeiros autores de grande repercussão a inserir o conto dentro de nossa literatura. Mais curto que o romance e focado em uma única ação de desfecho inesperado, o conto possibilitou a Machado desenvolver uma literatura de caráter essecialmente psicológico, dando menos peso ao enredo em si e intensificando a abstração subjetiva dos personagens. Nota-se aqui, novamente, a influência direta de Honoré de Balzac, que já havia adotado o conto como sua estrutura preferencial.
4. Imprensa
A ligação do escritor com a imprensa também é um destaque importante. Ao longo de sua vida, Machado passou pelas mais diversas redações do Rio de Janeiro da época - como Marmota Fluminense A notícia -, tendo iniciado sua carreira de jornalista como tipógrafo na Imprensa Nacional. Um fato curioso dessa época foi que, por ler demasiadamente em seu horário de trabalho, o jovem escritor foi demitido pelo chefe, Antônio Manuel de Machado (autor de "Memórias de um Sargento de Milícias"). Apesar da demissão, o caso contribuiu para que ambos se tornassem grandes amigos. Dessa sólida amizade, o escritor obteve o incentivo literário e a proteção de Antônio Manuel de Machado.

5. Diálogo constante
Uma característica bastante recorrente na obra de Machado é o diálogo, tanto entre o autor e o leitor quanto entre os personagens de diferentes livros. Logo no início de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", o narrador conversa com o leitor, explicando quais foram os motivos que o levaram a escrever o livro. Em "Esaú e Jacó", Machado alega que as páginas a seguir são manuscritos de um certo Conselheiro Aires, encontrados após sua morte. O mesmo Conselheiro viria a aparecer como personagem de "Memorial de Aires". Já em "Memórias Póstumas de Brás Cubas", o protagonista é frequentemente aconselhado pelo filósofo Quincas Borba, com quem estudara na infância - o mesmo Quincas Borba volta a surgir no livro homônimo publicado em 1892.  

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/cinco-curiosidades-machado-assis-783416.shtml 
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