Novo episódio do Podcast Papo Filosófico

sábado, 27 de abril de 2019

Qual a diferença entre ética e moral?

A diferença entre ética e moral é que a moral refere-se ao conjunto de normas e princípios que se baseiam na cultura e nos costumes de determinado grupo social, já a ética é o estudo e reflexão sobre a moral, que nos diz como viver em sociedade.
Uma maneira fácil de lembrar da diferença entre moral e ética é que a moral se aplica à um grupo, enquanto a ética pode ser questionada por um indivíduo.
ÉticaMoral
Definição
A ética é o estudo e a reflexão sobre a moral, das regras de conduta aplicadas a alguma organização ou sociedade.
A moral se refere às regras de conduta que são aplicados à determinado grupo, em determinada cultura.
De onde vemIndividual.Sistema social.
Porque seguimosPorque acreditamos que algo é certo ou errado.Porque a sociedade nos diz que é o certo.
Flexibilidade
A ética é normalmente consistente, embora pode mudar caso as crenças de um indivíduo mudem ou dependendo de determinada situação.
A moral tende a ser consistente dentro de um determinado contexto, sendo aplicado da mesma forma a todos. Porém, ela pode variar de acordo com cada cultura ou grupo.
Exceções
Uma pessoa poderá ir contra sua ética para se ajustar a um determinado principio moral, como por exemplo, o código de conduta de sua profissão.
Uma pessoa que segue rigorosamente os princípios morais de uma sociedade pode não ter nenhuma ética. Da mesma forma, para manter sua integridade ética, ele pode violar os princípios morais dentro de um determinado sistema de regras.
SignificadoÉtica vem da palavra grega "ethos" que significa conduta, modo de ser.Tem origem na palavra latina "moralis" que significa "costume".
OrigemUniversal.Cultural.
TempoPermanente.Temporal.
UsoTeórico.Prático.
Exemplo
João teve uma atitude antiética ao furar a fila do banco.
No Brasil é imoral ter mais de uma esposa, enquanto em alguns países como a Nigéria é moralmente aceito.

O que é Ética?

A ética se refere ao conjunto de valores que guiam determinado grupo ou cultura. Sendo assim, ela norteia o caráter das pessoas, e como elas irão se portar no meio social.
Apesar disso, a ética não deve ser confundida com a lei, pois pessoas não sofrem sansões ou penalidades do Estado por não cumprirem normas éticas.
O conceito de ética também pode significar o conhecimento extraído da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional. Sendo assim, a ética pode refletir e questionar valores morais.
A ética é responsável por definir certas condutas do nosso dia-a-dia, como no caso dos códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo deve se comportar no âmbito da sua profissão.

O que é Moral?

Moral é o conjunto de regras que orientam o comportamento do indivíduo dentro de uma sociedade. Ela pode ser adquirida através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano.
Tais regras norteiam os julgamentos de cada indivíduo sobre como agir, de acordo com o que foi previamente aceito como norma entre determinado grupo. Quando falamos de moral, as definições do que é certo ou errado dependem do local onde você se encontra, da tradição e cultura.

De onde vêm os princípios morais e éticos

A moral é um padrão externo que pode ser fornecido por instituições, grupos ou cultura a qual um indivíduo pertence. Ela também pode ser considerada um sistema social ou uma estrutura para um comportamento aceitável.
A ética, apesar de ser influenciada pela cultura e pela sociedade, são princípios pessoais criados e sustentados pelos próprios indivíduos.

Consistência e Flexibilidade

A moral é muito consistente dentro de um determinado contexto, mas pode variar entre culturas ou época. Por exemplo, algo moralmente aceito na sociedade de hoje poderia ser imoral nos anos 70.
Já a ética é como o individuo reflete sobre determinada moral, sendo possível que certos eventos modifiquem radicalmente as crenças e valores pessoais de um indivíduo.

Origem do conceito de ética e de moral

Grande parte da confusão entre estas duas palavras vem de suas origens. A palavra "ética" vem do francês antigo “etique”, do latim “ética” e do grego “ethos” e se refere às condutas, ao modo de ser. Já a palavra “moral” vem do latim “moralis”, que se refere os costumes. Então, originalmente, os dois têm significados muito semelhantes.
A moral e a ética do indivíduo foram estudadas filosoficamente há mais de mil anos. Porém, a ideia de ética como princípios que são definidos e aplicados a um grupo é relativamente nova, datada em 1600.

Exemplo do uso de ética

O conceito de ética é utilizado quando refletimos sobre a moral aceita em determinada sociedade, podendo aceitar ou questioná-la.
João foi antiético pois não se levantou para que o idoso pudesse ocupar o seu lugar no ônibus.

Exemplo do uso de moral

A moral se refere à determinadas normas e condutas criadas e aceitas em determinado grupo social, podendo variar de acordo com o local ou o tempo. Como no caso:
Antigamente, era imoral as mulheres usarem calças, mas hoje é moralmente aceito.

Fonte: https://www.diferenca.com/etica-e-moral/

segunda-feira, 15 de abril de 2019

ÉTICA – SENSO MORAL E CONSCIÊNCIA MORAL

O SENSO E A CONSCIÊNCIA MORAL 
 





Muitas vezes sentimos indignação diante da injustiça, assim como também sentimos responsabilidade quando ficamos sabendo sobre a pobreza ou a miséria e então participamos de campanhas, colaboramos em situações de precariedade num ato de solidariedade.
Outras vezes levados por algum impulso incontrolável como a emoção ou o medo, fazemos coisas que nos trazem arrependimentos, remorso, culpa ou vergonha; estes sentimentos traduzem o nosso senso moral.
Diante do cinismo dos mentirosos, dos que usam outras pessoas como instrumentos para seus interesses e para conseguirem vantagens à custa da boa-fé dos outros, ficamos indignados e sentimos cólera.
Se vivemos situações de angústia e de aflição, ou sabemos de pessoas que também sofrem desse mal, como por exemplo, a questão do desemprego ou das irregularidades no ambiente de trabalho. Situações que enfrentamos que nos fazem manifestar nosso senso moral. As mais dramáticas ou menos dramáticas – surgem e nos trazem dúvidas quanto à decisão a tomar; não só exprimem nosso senso moral, mas também põem à prova nossa Consciência Moral, pois exigem decisões sobre o que fazer justificativa para nossos atos, não só para acomodar a nossa consciência, mas também porque devemos assumir as consequências da decisão que tomamos, dos atos que praticamos e das proporções que estes possam alcançar em relação aos outros. Essa postura demonstra responsabilidade na nossa opção.
Assim podemos entender que o senso moral e a consciência moral referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade e generosidade).
Embora o conteúdo dos valores variem, podemos perceber que os sentimentos e as ações nascidos de uma opção entre o bom e o mal ou entre o bem e o mal estão referidos a algo mais profundo e isto significa que o nosso desejo de afastar a dor e o sofrimento e de alcançar a felicidade, seja por ficarmos tranquilos com nossa consciência e por obtermos a aprovação das outras pessoas. Portanto dizem respeito às relações que mantemos com os outros, nascem e existem como parte da nossa vida intersubjetiva.
JULGAR DAS COISAS
O homem, através do seu intelecto e sua experiência, ou seja, das formas de conhecer, forma juízos acerca da realidade, acerca das coisas. Julgar de algo é, ou formar um juízo equivale a simplesmente afirmar, negar, juntar, separar propriedades de um objeto. Por exemplo, dizer que uma maçã é vermelha, que o céu é azul, que a chuva é bela, enfim, qualquer coisa que se possa dizer de algo é um processo de julgar. Os juízos podem ser e dois tipos, de fato e de valor.
JUÍZO DE FATO
…são aqueles que dizem que algo é ou existe, e que dizem o que as coisas são, como são e por que são (CHAUI). Em outras palavras, juízos de fato são proposições que formamos com base no material da realidade, ou seja, coisas que julgamos a respeito do que está posto ao nosso redor, das coisas que existem, dos objetos materiais.
EX: O aço é um metal;
O hidrogênio é um elemento químico;
O revólver é uma arma.
Há mais chineses que brasileiros no mundo.
O caderno tem folhas.
JUÍZOS DE VALOR
…são normativos e se referem ao que algo deve ser; Como devem ser os bons sentimentos, as boas intenções, as boas ações, os nossos comportamentos decisões, etc. (Adaptado – CHAUI). Neste caso, os juízos de valor não tratam de objetos materiais, mas sim de questões relacionadas às ações humanas, ou seja, a questões morais e éticas. São reflexões acerca de como deve ser o bem proceder das pessoas. Mas eles não se limitam às questões do comportamento humano, pois podem referir-se também a objetos materiais, no entanto, o juízo tem um caráter diferente, veja o exemplo:
O oxigênio é bom; Ora, nós sabemos muitas coisas a respeito do hidrogênio, que ele é um elemento químico, que pode ser encontrado na água, entre outras coisas, mas se ele é bom não sabemos. Não se pode afirmar com certeza se ele é algo bom sem depender das circunstancias e mesmo assim, a bondade em si não será uma propriedade do oxigênio.
Mais exemplos:
Discussões são ruins.
Os ricos são medíocres.
Os políticos são corruptos.
A pena de morte é injusta..
Então, os juízos de valor não dizem respeito às propriedades reais da coisa, do objeto, mas sim de como julgamos a presença, existência, ação de tal coisa, objeto. Por outro lado, os juízos de fato dizem sim as propriedades reais, intrínsecas na realidade do objeto, ou seja, diz que coisas que podemos perceber de fato em algo.
FONTES: